Galera hoje nós começaremos a falar um pouco sobre o utilitarismo. Com certeza, aqueles que nunca ouviram falar, deveram estar se perguntando: o que é na verdade esse utilitarismo? Todavia é importante esclarecermos antes alguns pontos.
O utilitarismo pode ser interpretado como um modo de abordar os problemas morais, só que ao longo do tempo ele vem tanto ganhando a admiração de muitos como o repudio de outros. A admiração devido a sua preocupação com a promoção da felicidade ou o bem-estar dos seres humanos, bem como a diminuição de sua miséria e sofrimento, mantendo uma certa independência com relação a regras. E o repúdio por não levar os direitos à sério, instrumentalizar as pessoas, sacrificando-as em nome de um suposto bem coletivo.
Divergências à parte, é importante mostrar que o utilitarismo é uma ética aberta a reformulações em sua teoria, renovando-se constantemente. Aliás, seria até mesmo mais correto falarmos em “éticas utilitaristas” do que simplesmente “utilitarismo” tendo em vista suas diversas versões e variantes.
Mesmo com essa pluralidade há de se notar um conjunto de características em comum que as une, como: a busca de uma ética que favorize o bem-estar das pessoas; a avaliação da qualidade moral dependente das consequências de nossas ações/regras; a ideia de que o bem deve ser maximizado e o sofrimento minimizado; e que a ética deve se importar não só com os seres racionais, mas também com os outros seres capazes de sofrer e sentir.
Assim, poderíamos definir o utilitarismo através do princípio da utilidade como sendo: ”[...] uma ação (ou regra de ação) será moralmente boa na medida em que o saldo líquido de felicidade ou de bem-estar decorrente de sua realização (ou de uma conformação à regra) for maior que o resultante de qualquer ação ou regra alternativa e disponível ao agente [...]”
FONTE: CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de, Por uma ética ilustrativa e progressista: uma defesa do utilitarismo. IN: OLIVEIRA, Manfredo A. de. (org.). Correntes fundamentais da ética contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes 2000, p.99-117.
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