Sendo uma de suas maiores contribuições para a filosofia moral, Bentham elaborou o esboço de um hedonismo ético universal plausível e reivindicável. Para ele, a capacidade de sentir é o que torna o indivíduo merecedor de consideração, por isso que os utilitaristas esforçaram-se em sensibilizar as pessoas sobre os maus-tratos impostos aos animais não-humanos, uma vez que essa atitude estaria em desacordo com a ética utilitarista.
A questão contraditória é que essa natureza consequencialista e maximacionista do Utilitarismo acarretou diversas críticas a respeito de sua ética que apresentaria, como já foi mencionado, implicações contraproducentes. Por exemplo, estaria a favor e até instigaria a escravidão, usando a mera justificativa de que o bem-estar da maioria encontra-se acima das intuições ponderadas. O conceito de justiça distributiva do Utilitarismo, neste caso, poderia ser definido como questionável, pois uns seriam sacrificados no intuito de evitar o dano a um número maior de indivíduos; os direitos e os deveres seriam violados por causa do bem-estar da coletividade.
FONTE: CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de, Por uma ética ilustrativa e progressista: uma defesa do utilitarismo. IN: OLIVEIRA, Manfredo A. de. (org.). Correntes fundamentais da ética contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes 2000, p.99-117.
FONTE: CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de, Por uma ética ilustrativa e progressista: uma defesa do utilitarismo. IN: OLIVEIRA, Manfredo A. de. (org.). Correntes fundamentais da ética contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes 2000, p.99-117.
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