quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os benefícios para o maior número

O maior número quanto for possível de indivíduos deve ser beneficiado. Esta é a concepção preconizada pelo utilitarismo. Contudo, devido o seu caráter consequencialista e maximacionista, por priorizar a promoção da felicidade ou por combater o sofrimento, trás consigo muitas implicações negativas, a ponto de seus críticos afirmarem que os direitos individuais são agredidos em prol dos interesses da maioria; do mesmo modo, seriam desconsideradas, em certos casos, as nossas intuições ponderadas.
Segundo Bentham, a fórmula do Utilitarismo é: “a maior felicidade para o maior número”. Podemos entender que, neste caso, não se deve fazer distinção entre os indivíduos, ou seja, não se exclui de forma aleatória ninguém, pois todos têm igual importância, preocupação estendida a todos os seres que podem sofrer e sentir, os animais humanos e os não-humanos. É preciso, porém, levar em conta as melhores conseqüências e qual ação produziria um maior equilíbrio entre felicidade e infelicidade para os envolvidos. Ademais, essa fórmula proposta por Bentham é, na prática, bem conflitante.

FONTE: CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de, Por uma ética ilustrativa e progressista: uma defesa do utilitarismo. IN: OLIVEIRA, Manfredo A. de. (org.). Correntes fundamentais da ética contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes 2000, p.99-117.

6 comentários:

Viturino disse...

Uma das criticas que são elaboradas contra o utilitarismo quando levado às conseqüências da maximização da felicidade, isto é, princípio que deve proporcionar a felicidade ao maior número de pessoas possível, é a de que fere o principio da justiça. A justiça exige que tratemos as pessoas justamente segundo as suas necessidades e méritos individuais, porém quando se trata de maximizar a felicidade ao maior número de pessoas, em casos em que se deve igualmente, não suprimir a felicidade de uma pessoa (individual) há de se preferir o maior número e não uma única pessoa, ainda que esta seja inocente. Dessa forma, não há como não praticar a injustiça nesse sentido.

Bai Bai Luthieria disse...

Como podemos mensurar a quantidade de felicidade?, e o que é felicidade? só existe felicidade se formos utilitaristas? Os utilitaristas deturbam o conceito de democracia. Para que se fundamentar um ação moral na quantidade, isso não é justificavel.

Denise disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ética Feminista disse...

Pois bem elementos fundamentais levantados pelos amigos acima, são bastante pertinentes, visto que as questões como justiça e felicidade estariam diretamente dentro de uma escala de preocupações que talvez a ética utilitarista deixa escapar em sua essência mais profunda. Como seria possível a felicidade se a vontade da maioria sempre irá se sobrepor aos da minoria? Parece-me mais uma tentativa de justificação de um modelo impositivo de sociedade. Tem seu valor quanto à reflexão é inegável, porém, não sei se sua efetivação prática, seria compensadora. Camila

Paulo Rodrigues disse...

Sem dúvida o utilitarismo é uma teoria ética diferente, pois a a busca de um bem estar esta constantemente se alterando devido os problemas que a todo momento aparecem. No então essa mesma busca por um bem estar é algo que perpassa o meio teórica e mostra o real interesse humano em agir eticamente.

PAULO RODRIGUES DE SOUSA VERAS disse...

PAULO RODRIGUES
O UTILITARISMO É ENTAO UMA FORMA DE CONSEQUENCIALISMO, OU SEJA., ELE AVALIA UMA AÇÃO ( OU REGRA) UNICAMENTE EM FUNÇÃO DE SUAS CONSEQUENCIAS. TRATANDO DE UMA MORAL EUDEMONISTA, PROCURANDO PROPORCIONAR MAIOR BEM ( PRAZER - FELICIDADE ) PORSSIVEL PARA TODOS.

Postar um comentário